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Itália acusa parceira da Chery de mentir sobre carros chineses

DR Automobiles vende carros da Chery e da JAC na Itália, mas há controvérsias em relação à possível emissão da origem desses modelos

DR 5.0 [divulgação]
DR 5.0 [divulgação]

Se pouco tempo atrás os carros chineses eram vistos como de segunda linha, agora eles verdadeiramente incomodam marcas grandes. Enquanto aqui no Brasil, BYD e GWM fizeram até as marcas suplicarem por mais impostos, lá na Itália a DR Automobiles, que vende carros da Chery e da JAC, provocou uma inusitada reclamação de órgãos públicos.

Em 19 de outubro, a AGCM (Autorità Garante Della Concorrenza e Del Mercado – Autoridade Garantidora da Concorrência e do Mercado) autuou a DR Automobiles sob a alegação de possível conduta ilícita. A afirmação é que “a empresa apresentaria incorretamente informações relativas ao local de produção dos veículos”.

O comunicado ainda aponta que a DR sugere que seus carros “são produzidos inteiramente na Itália, embora sejam veículos produzidos na China”. Ou seja, a alegação do órgão público visa autuar a DR Automobiles (e sua segunda marca, a Evo) sobre a emissão do fato de que seus carros são chineses, não italianos.

DR 1.0 [divulgação]

A marca atualmente vende carros da Chery, JAC e BAIC com modificações visuais extensas para se adequar à sua linguagem visual. Há até uma terceira marca em desenvolvimento, a Sportequipe, que venderá os Tiggo 5X, 7 Pro e 8 todos com a mesma dianteira do TIggo 8, mas com para-choque modificado.

Hoje a DR vende iCar, Tiggo 3X, Tiggo 5X, Tiggo 7 Pro, Tiggo 8 e JAC T8, todos com modificações visuais feitas na Itália. A Evo faz a mesma coisa com JAC T40, T50, X7 e T8,  além do BAIC X3. Todos eles com grade frontal modificada para ficar dentro da linguagem visual da marca. E essas mudanças feitas na Itália que deram às marcas essa impressão de nacionais.

DR 6.0 [divulgação]

A reclamação do órgão, impulsionada por montadoras europeias, se deu por conta do intenso crescimento das chinesas por lá. Só a DR cresceu 48% nas vendas de 2022 para 2023. Hoje, ela é dona de 2% do mercado italiano e está crescendo.

Acha que as marcas chinesas são uma real ameaça às marcas internacionais? Conte nos comentários.

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