Cinco carros que agradecemos por nunca terem vindo ao Brasil

Nem sempre a grama do vizinho é mais verde. Ainda que nós brasileiros, vez ou outra, sentimos inveja dos carros vendidos na gringa, em outras situações preferimos ficar com o que temos em casa mesmo – ou ainda não ter acesso ao que existe lá fora. Por isso, selecionamos cinco carros que, felizmente, nunca foram vendidos no Brasil.

Honda Brio

Em 2011, a Honda cogitava produzir o hatch compacto Brio no Brasil. Mas ainda bem que isso não aconteceu. Projetado para países emergentes, com foco especial na Índia, o modelo não é sinônimo de belo visual ou referência em acabamento. Pequeno, apertado e com motores fracos, o Brio era uma espécie de Mobi da Honda.

A semelhança com o Mobi estava na tampa traseira de vidro, bancos inteiriços e no porte: 3,61 m de comprimento, 1,68 m de largura e 1,48 m de altura. A Honda só desistiu de vender o Brio no Brasil porque o Toyota Etios fracassou. Atuar abaixo de Fit pareceu perigoso para a Honda, especialmente porque o Brio também era um projeto indiano como o Etios.

Chevrolet Aveo

Em uma época em que o Brasil tinha o Corsa como seu compacto, os EUA e a Coreia do Sul vendiam o Aveo. Um dos modelos mais sem graça que a GM já fez em sua história, o compacto era oferecido em versão hatch e sedã (que conseguia ser ainda mais sem sal). O acabamento era ruim e a mecânica fraca – ainda bem que tínhamos o Corsa.

Mas o Aveo bateu na trave algumas vezes, visto que era produzido na Colômbia, Venezuela e Equador. Sua segunda geração, rebatizada como Sonic, foi vendida no Brasil. Só que o modelo havia melhorado substancialmente e trazia estilo ousado. Problema é que ficou esquecido e espremido entre Agile e Onix.

Fiat Multipla

Considerado um dos carros mais feios da história, a Fiat Multipla pode até ser extremamente prática, espaçosa e confiável, mas é dolorida de olhar. Lançada em 1998 na Europa, ela era feita sobre a mesma plataforma da família Marea, com a qual dividia também os motores 1.6 a gasolina e 1.9 diesel. 

A área envidraçada gigantesca, capô com um degrau enorme em direção ao para-brisa e lanterna traseira de coração faziam da Multipla uma bizarrice sobre rodas. O interior, apesar de espaçoso, era igualmente feio, com console parecendo uma penteadeira toda bagunçada. Na reestilização, recebeu faróis de Idea para disfarçar a feiura.

Ford Ka

Quando a Ford decidiu substituir o Ka original de 1996 por um novo modelo, a Europa e o Brasil tomaram rumos diferentes e produziram carros distintos. O nosso Ka era maior, mais espaçoso, mas seguia com a proposta de ser o carro de entrada e barato da marca norte-americana. Já os europeus fizeram um Fiat 500 com cara de mini New Fiesta.

Não que o Ka europeu fosse ruim, pelo contrário. A construção era mais refinada que o modelo brasileiro e o acabamento bem melhor. Só que, caso tivesse sido oferecido no Brasil, seria mais caro que o Fiesta, menor que o nosso Ka e perderia totalmente seu propósito como carro de entrada por aqui.

Mercedes-Benz Classe X

Com apenas 17 meses à venda na Europa e Austrália, a Mercedes-Benz Classe X foi um verdadeiro fracasso. A caminhonete média de luxo era uma ótima ideia, mas executada da maneira errada. Afinal, a Mercedes não partiu de sua expertise em vans e caminhões para fazer uma caminhonete, preferindo refinar uma Nissan Frontier.

O mercado não engoliu a ideia de uma Frontier com logo da estrela, mas sem acabamento esperado por um modelo que ostenta o nome Classe X. A felicidade de ela nunca ter vindo ao Brasil é que, quem comprasse, teria um verdadeiro mico nas mãos, já que seria um daqueles carros que morreu cedo e que teria desvalorização absurda. 

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